Skip to main content

Posts

Showing posts from November, 2016

Coisas que você perde

Você perde coisas pelo caminho Perde um amor que era puro Perde a juventude Você perde um amigo em quem acreditava Perde a fé Perde uma parte de si mesmo Perde contato com a realidade Seus pés não tocam o chão As mãos não alcançam os céus Você não sabe o que fazer Você não faz Muito Você fica ali parado Você espera  Pela esperança

Tiana (En Español)

 Tiana salió de la escuela, cargada de cuadernos, 200 redacciones para corregir durante el fin de semana. Tiana hace maestria y queria enseñar a los alumnos a escribir otra cosa que no sea disertación. No puede! "Tiene que enseñar lo que és util!" respondió la directora. En la universidad le dijeron, una vez, que limpiara el baño que estaba muy sucio. "No trabajo aquí!" En el trabajo ya le pidieran café. "Queda allá en aquella mesa." Tiana da la espalda y no da tiempo para justificativas y disculpas. Ya sintió mucho dolor. No más! Ahora lo que siente es algo como un desprecio. En casa, pide comida del restaurante de la esquina. Detesta cocinar! Entra en su cuarto colorido, paredes azules, mesa amarilla de frente para un ventanal, silla roja, y se sienta para corregir las 200 redacciones. Oye el croar de los sapos allá fuera. Tiana tiene mucho asco de sapo. Oye un jazz instrumental y comienza el trabajo. Media hora y se duerme encima del montón de textos

Hoje você morreu

Hoje você morreu. Há mais de dez anos, você morreu. E, hoje, pensei em escrever em inglês, menos olhares complacentes, menos vozes me perguntando: "Ainda falando disso?" Às vezes fujo para o inglês. Hoje você morreu e levou com você quem eu era. Hoje eu sei que você não morreu só. Morreu a moça daquele tempo também. Ficou um espectro, um farrapinho, que teve que se plasmar em outro ser, outra pessoa. Hoje você morreu e já faz tanto tempo! Mas todo ano, você morre mais uma vez e eu tenho que morrer de novo junto. E tenho que voltar dos escombros mais uma vez e recomeçar. E eu volto. Porque lá longe prometi que não iria e hoje não sou mais aquela que morreu. Uma vez por ano, morro de novo. E não tem jeito, não tem como. Olho o farrapo que fui, olho o estrago que se fez e sei que estou longe daquilo e sei que sobrevive-se a coisas inimagináveis, dores excruciantes, medos que escurecem o mundo. Sobrevive-se. E com sorte, ou com empenho, é possível construir outras obras, abrir